As crianças são submetidas a procedimentos cirúrgicos para correção de deformidades congênitas (p. ex. orelhas em abano, fissuras labiopalatais) ou adquiridas (p. ex. sequelas de trauma, de queimaduras ou de tratamentos de tumores).
As orelhas em abano fazem parte do grupo de deformidades congênitas das orelhas, cujo grau mais severo é a anotia (ausência congênita da orelha) e a procura por sua correção ainda na infância é importante porque os resultados são melhores. Se a cirurgia for realizada entre 07 e 10 anos de idade, há menos chance de recidiva, ou seja, menos chance da orelha voltar a “abanar” em algum grau.
O procedimento varia de acordo com as características alteradas em cada orelha e geralmente pode ser realizado sob anestesia local e sedação. As orelhas em abano podem ser operadas mais tarde e, em geral, os pacientes adultos procuram a cirurgia de orelhas alegando algum desconforto em suas atividades sociais e profissionais.
A avaliação individualizada é essencial para definir o plano terapêutico específico para a deformidade existente, avaliar em qual idade cada tipo de intervenção está indicada e se haverá necessidade de novos procedimentos ao longo do crescimento do paciente.