A definição de Envelhecimento Saudável da OMS, Organização Mundial de Saúde, é: “equilíbrio entre o declínio natural das diversas capacidades mentais e físicas com os objetivos e desejos das pessoas, de acordo com os recursos individuais e coletivos disponíveis”. Para isso, a OMS considera essencial que o idoso tenha sua Autonomia garantida, usufrua de oportunidades contínuas de Aprendizagem (estímulo para manter boas funções cognitivas) e que se mantenha Fisicamente Ativo.
O envelhecimento provoca alterações no posicionamento das estruturas faciais que podem incomodar no dia a dia. Muitas pessoas envelhecem bem e tomam cuidados com a sua saúde que podem retardar ou evitar a necessidade de procedimentos cirúrgicos. Algumas pessoas, por questões como genética, fumo, algumas doenças ou outras causas, evoluem com aspecto mais envelhecido do que o esperado para sua idade cronológica, mesmo tomando todos os cuidados, o que pode causar desconforto no convívio social e professional.
O ser humano nasce, se desenvolve e atinge a maturidade física e mental por volta dos 20 a 25 anos de idade. A partir daí, podemos dizer que começa o processo de envelhecimento. A nossa herança genética é essencial nesse processo, que é diretamente afetado por nossos hábitos e pelo meio ambiente.
Atualmente, inúmeros cientistas estão estudando como nossas escolhas, o que ingerimos, o que fazemos, o que pensamos, onde moramos, podem influenciar a ativação ou a inativação de nossos genes “bons” e dos genes “ruins”, traduzindo nossa herança genética de forma positiva ou não.
Essa área de estudo é a Epigenética, que é muito importante para sairmos dos atuais protocolos genéricos (baseados em dados estatísticos populacionais) para a individualização dos cuidados para promoção de boa saúde, prevenção e tratamento de doenças.
Já existem exames para avaliar o perfil genético de cada paciente em relação a alguns aspectos específicos de sua saúde, como o potencial para evoluir com cicatriz queloideana, por exemplo. Com base nesse perfil gênico individual, o paciente tem mais dados sobre o risco de realizar um procedimento estético e evoluir com queloide, ao mesmo tempo que o cirurgião não precisará indicar recursos desnecessários nos casos em que o paciente tenha risco muito baixo.
Um estudo realizado com gêmeos idênticos acompanhou os casos em que os dois irmãos tinham hábitos semelhantes, mas apenas um deles fumava. Os resultados mostraram irmãos gêmeos com graus diferentes de envelhecimento facial, sendo que os fumantes tinham aspecto facial mais envelhecido que os não fumantes e, em alguns casos, apresentavam envelhecimento facial pior do que o esperado para sua idade cronológica.
O fumo é um dos muitos elementos que influenciam o nosso envelhecimento facial e há como tentar reduzir os efeitos de agentes “agressores” estabelecendo-se uma boa rotina de cuidados faciais e realizando alguns tratamentos e procedimentos, quando indicados.